Universdade Aberta

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e-portefólio de Carlos Carvalho

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Participações - Actividade 2

por carlos carvalho - Domingo, 11 Abril 2010, 10:45

“De facto, a utilização de uma tecnologia é um indicador de mudança social e cultural, mais que um factor determinante dessa mesma mudança. Daí que a verdadeira importância de entender a difusão e usos da Internet (…) resida em que podemos utilizá-la como ponto de entrada para compreender a transformação estrutural, organizativa, cultural e tecnológica da sociedade (…) em todos os âmbitos da vida quotidiana. (…) Trata-se de una perspectiva analítica equivalente ao que haveria de ter sido, no seu momento histórico, compreender o desenvolvimento da sociedade industrial através da difusão e usos da electricidade.

Manuel Castells (2002), La Sociedad Red en Catalunya, IN3-UOC”

É assim que começa a introdução de um trabalho de investigação Apoiado pelo Serviço de Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian, e que refere :

A sociedade em rede não é o resultado do impacto das novas tecnologias de informação nem da difusão da Internet. Na realidade, trata-se de uma forma social nova, que resulta da interacção complexa entre a evolução social e a evolução tecnológica, tendo a Internet como meio de comunicação interactivo e como infra-estrutura tecnológica decisiva para a organização em rede dos mais variados âmbitos da vida.

Se a Internet não é o factor causal das novas formas de organização social, ela é o meio necessário para o desenvolvimento das redes de interacção e comunicação em que se baseia a sociedade actual. A análise dos usos sociais da Internet, do seu processo diferenciado de difusão, da sua relação com esferas da vida social – tão diversas como o trabalho, as sociabilidades, a participação cívica, a participação política, o consumo, a comunicação ou a construção da identidade – constitui o ponto de partida para uma observação dos processos sociais de transformação em curso na sociedade portuguesa. Essa dupla perspectiva (análise da transformação da sociedade no seu conjunto e atenção especial dada ao desenvolvimento e usos da Internet como instrumento e indicador dessa transformação) explica o conteúdo e o método da nossa investigação.

Foi realizado um inquérito por questionário, em entrevista presencial, a uma amostra de 2450 pessoas, representativa da população portuguesa maior de 15 anos”

http://www.cies.iscte.pt/linhas/linha2/sociedade_rede/pag2.jsp

Da minha leitura dos relatórios destaco o último quadro (7.6) do capitulo 7 “Construção da identidade e desenvolvimento pessoal “ onde se pode ler, entre outros, que 86,5% dos utilizadores de internet afirma que “Graças às minhas qualidades e recursos consigo superar bem as situações imprevistas” contra 67,1% dos não utilizadores, mas podia destacar qualquer um dos outros dados desse quadro onde se compreende, na minha opinião, que os utilizadores da Internet têm maior capacidade de superar as suas dificuldades e são mais insistentes na tentativa de concretização dos seus objectivos.

Até já

[]CFCarvalho

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